A Casa Urbana na Grécia Clássica: Usos e Funções

Paulo Fernandes Louro (Orientador: Marilda Corrêa Ciribelli)
Dissertação de Mestrado
Programa: UFRJ/PPGHIS
Defesa: 1993
Banca:
Resumo: A casa urbana na Grécia Clássica deve ser vista em sua diversidade, pois não houve um modelo habitativo único e uniformizado entre os gregos. As plantas das casas variavam conforme as possibilidades financeiras e mesmo as atividades profissionais de seus ocupantes ou com as formas e dimensões dos lotes. Desta maneira, foram erguidas com apenas um, dois ou três cômodos que abrigavam as categorias sociais pobres, enquanto que habitações de dez cômodos ou mais satisfaziam as necessidades das categorias sociais médias e ricas. Poucos vestígios restaram das habitações gregas em função do emprego de materiais construtivos perecíveis como o tijolo de argila e a madeira. O embasamento de pedra, no entanto, resistiu ao tempo, constituindo-se em importantes testemunhos arqueológicos em sítios de diferentes regiões. O confronto entre as fontes escritas, iconográficas e arqueológicas nos permite analisar esta Arquitetura Doméstica segundo critérios, fugindo às constantes adjetivações da historiografia contemporânea. Percebe-se, então, que as Casas Urbanas de plantas mais complexas podiam oferecer espaços e equipamentos para uma vida privada desfrutada com intensidade e muitas vezes sem censura, ao contrário do que possa sugerir a ideologia oficial que constrói o modelo ideal de cidadão voltado para a vida pública, hábil e corajoso na guerra, obediente as leis e de comportamento equilibrado. Daí o interesse em estudarmos a Casa Urbana, compreendendo a dinâmica deste universo íntimo, seus usos e funções.
Páginas: 194
Financiamento:
  • CNPq
URL: Tese não digitalizada