| Resumo: |
A modernização da agricultura, entendida como processo de expansão do capitalismo no campo, ocorre de forma intensiva, extensiva e repressiva ao mesmo tempo. Configura-se na industrialização das atividades agrárias com a implantação de um conjunto de métodos e técnicas que tem por objetivo aumentar a produtividade da terra e do trabalho, sem contudo, promover a democratização da estrutura fundiária e sem criar um melhor ambiente de vivência para os trabalhadores. O modelo evidencia a inserção do Brasil, como região periférica, na divisão internacional do trabalho, e é implantado desde 1950 com a disseminação do "pacote" tecnológico denominado "Revolução Verde", que consolida-se na década de 70, na esteira do surto desenvolvimentista do "milagre brasileiro". Especialmente se estende em ondas concêntricas a partir do centro-sul e na região de Catalão ocorre na década de 80 com a chegada dos empresários rurais oriundos do sul do país que implantam as modernas fazendas de cultivos de soja e criação de gado, promovendo o desenvolvimento das forças produtivas e grandes transformações nas paisagens. O processo de modernização tem se mostrado eficaz economicamente, visto ter aumentado a produção de grãos, gerando divisas e liberando mão-de-obra, porém, seu custo social e ecológico são ainda conjecturais, mas já se evidência o gradual empobrecimento dos trabalhadores e a destruição dos ecossistemas. |
