Resumo: |
Em 1912 chegou a Goiás e se estabeleceu perto de Anápolis um grupo de italianos. A trajetória deste grupo é analisada a partir da terra de origem e, mais precisamente, do Vêneto, até o ponto de chegada, o Mato Grosso Goiano. Primeiramente trata da unificação italiana que foi um empreendimento liderado pela burguesia a partir do Reino do Piemonte onde iniciava-se um processo de desenvolvimento capitalista. Em nome do liberalismo a antiga ordem, ainda em boa parte feudal, foi desmantelada. Nessa transição, as camadas da população que não tinham recursos para a sua sobrevivência, os procuraram além mar. A emigração tornou-se assim a válvula de escape para milhões de pessoas. Em seguida trata mais especificamente da terra de origem do nosso grupo, a região do Vêneto, cuja capital é Veneza, onde a superpopulação, minifúndios, tributação excessiva e outros fatores obrigaram muitas pessoas a se tornarem emigrantes. A emigração vêneta dirigiu-se em boa parte ao Brasil. O sonho da propriedade de terra levou um grupo deles a dirigir-se a Goiás, onde a terra era abundante e barata. Por fim analisa o desenvolvimento dependente do Mato Grosso goiano no inicio do século. O centro econômico cafeeiro exigia produtos para a sua sobrevivência: as regiões periféricas, e Goiás entre elas, cumpriam esse papel. Deslocando-se para Goiás, o grupo de italianos colaborou para o desenvolvimento da lavoura cafeeira na região de Anápolis. |