Resumo: |
Estudo da representação do índio como outro e da manipulação dessa representação pelo conquistador. A base da pesquisa é, por tanto, a relação deste como o espaço recém-descoberto no quadro histórico e econômico da expansão ibérica ultramarina - séculos XV/ XVI . A autora inscreve sua abordagem no campo da longa duração e do imaginário. Restringe o objeto de sua análise ao espaço circunscrito da aldeia e da missão jesuítica, considerando-o como microcosmo delimitado pelo poder do rei-deus, na medida em que ele a reconstruiu legalmente por meio de uma Carta Régia e sacralizada pela cruz e capela. Através do Teatro de Anchieta mimetiza-se o encontro do conquistador e do outro (índio), a construção do universo do outro a partir do seu próprio e, em última instância, a relação do sagrado com o profano. É a partir dessa dicotomia, aliás, que a autora afirma ser possível buscar a significação do elementos remetendo-os ao ocidente cristão medieval. |