Resumo: |
Trabalha a relação da pessoa de Josimo Morais Tavares, padre da Igreja Católica com os camponeses, os fazendeiros, os agentes da Igreja e os políticos locais e federais, nos anos de 1979 a 1986, ano de sua morte, assassinado por um pistoleiro. A relação de Josimo com os camponeses se torna uma relação do intelectual orgânico a serviço da formação da classe, sem se substituir e sem se colocar na frente. Sua identificação com os camponeses e a causa da defesa da terra deles o coloca em conflito com os fazendeiros da área, com seus exércitos particulares de jagunços e com o apoio da Polícia Militar e dos juízes locais. Sua postura coloca a nu as divergências internas da Igreja, entre padres ligados mais à ordem constituída local e padres mais disponíveis a apoiar a transformação da sociedade. Sobretudo a vida e a morte dele sublinharam a fragilidade da Nova República, incapaz de fazer frente às pressões dos poderes locais. |