Resumo: |
Remonta a história contínua do grupo indígena Kayapó do Sul, resgatando sua identidade cultural e buscando analisar a complexidade de resultados nesse confronto. Primeiramente discute como a política indigenista aplicada em Goiás de 1722 a 1850, em suas várias fases, atinge a população Kayapó do Sul instalada nas áreas de colonização e povoamento. Assim, após um processo inicial, no qual houve tentativas de escravização indígena, foi/lhes imputado posteriormente, sob a inspiração da política pombalina, o aldeamento e, finalmente, a luta aberta que levou à destruição do grupo, no final do período. Em seguida faz o resgate dos efeitos da política indigenista sobre a sociedade Kayapó do Sul. Além disso, foram consideradas as freqüentes ligações do grupo estudado com a sociedade Kayapó do Norte. Realiza um estudo comparativo entre os aspectos culturais dos grupos da família linguística jê em relação com a sociedade Kayapó do Sul. O estudo de elementos culturais dos Kayapó do Sul em confronto com os dados etnográficos fornecidos pelos grupos Jê, permite a comprovação da identidade cultural da sociedade Kayapó do Sul com esta família linguística. Este posicionamento abre a perspectiva de compreensão das especificidades dos elementos culturais destacados nesse capítulo como a língua, cerimoniais, guerra, antropofagia, divisão do trabalho, atividades agrícolas e vários outros aspectos. Conjectura sobre a possibilidade de ligações entre o grupo Kayapó do Sul com a fase arqueológica denominada Mossâmedes da tradição Aratu. Estes indicadores incluíram, entre outros, a forma das aldeias, coincidentes nos dados arqueológicos e históricos; os artefatos arqueológicos que correspondem aos produtos cultivados pelos Kayapó do Sul e outros elementos ligados ao tamanho da população e à atividade manufatureira. |