| Resumo: |
Analisa o trabalhador livre em Goiás numa determinada fase histórica compreendida entre os anos de 1830 e 1850, na vigência do escravismo. Parte do pressuposto de que as economias coloniais, objetivando produzir para o comércio colonial configuraram, num plano interno, o modo de produção escravista colonial. Pretende verificar qual a importância do trabalhador livre, enquanto agente-produtivo, no processo de produção da economia escravista goiana, ou seja: como ele se insere na prática econômica na medida em que o escravo é o agente produtivo que caracteriza, especifica e dá continuidade ao processo de produção. Em função desse objetivo, buscou-se situar a visão que historiadores, sociólogos, os viajantes que passaram por Goiás à época, tem a respeito do trabalhador livre como categoria social. Pretende ainda caracterizar a economia goiana, especificamente na fase de 1830-1850, considerando-a nas suas especificidades e enquanto parte de um contexto maior, que é o quadro geral da economia escravista colonial na 1a. metade do século XX. Busca, ainda, verificar qual foi a participação do trabalhador livre no processo de produção, notadamente nas atividades da mineração, agro-manufatura e pecuária; e caracterizar os seguintes tipos sociais de categoria social dos trabalhadores livres: camarada, agregado, remeiro e oficial mecânico. Procura principalmente despertar a atenção para a questão levantada, na medida em que a análise da categoria trabalhador livre no escravismo colonial amplia a percepção da complexidade da tessitura social, e incentivar outros pesquisadores a prosseguir na sua análise. |
