| Resumo: |
Analisa o conflito social de Formoso e Trombas, que eclodiu no médio norte do Estado de Goiás, no período de 1950 e 1964, integrado a um contexto mais amplo, ou seja, o das tensões provocadas pelo avanço do modo de produção capitalista no Brasil, isto é, a expansão e domínio do capital. Expõe rapidamente a formação histórica de nossa estrutura agrária e sua reprodução tanto a nível nacional, estadual (Goiás) e de Formoso e Trombas. Em seguida mostra desde a constituição das posses em Formoso e Trombas, o processo de grilagem das terras, as primeiras reações esboçadas pelos posseiros, ou seja, a procura de solução legal para o problema junto as autoridades constituídas, a chegada do Partido Comunista à região, a nova organização da luta, a partir das bases, suas conquistas e derrotas e principalmente a formação da consciência de classe que desenvolveu-se neste processo de luta. Conclui avaliando a invasão do movimento de Formoso e Trombas, como um movimento que propunha a democratização da utilização da terra e que esteve ligado a uma proposta mais ampla, a nível nacional de uma Reforma Agrária, e portanto apresentava um novo projeto de desenvolvimento econômico para o país. Entretanto no embate das forças políticas o novo projeto de desenvolvimento econômico foi derrotado no golpe de 1964. |
