Sentinela da Liberdade: Presença de Cipriano Barata no Processo de Independência do Brasil

Marco Morel (Orientador: Célia Freire d'Aquino Fonseca)
Dissertação de Mestrado
Programa: UFRJ/PPGHIS
Defesa: 1990
Banca:
Resumo: Esta dissertação é um ensaio histórico biográfico de caráter político e social sobre as atividades públicas e jornalísticas de Cipriano Barata (1762-1838), nascido na Bahia. Trata-se de um personagem de grande importância no processo de independência do Brasil (repleto de grandes vultos e heróis) que, contraditoriamente, acabou relegado a plano secundário nos registros e investigações historiográficos. Figura organicamente ligada aos contextos históricos-políticos de sua época, Cipriano teve trajetória que atravessou a Universidade de Coimbra reformada pelo Marquês de Pombal, a Conjuração Baiana (1798), a República de 1817, a "queda da Bastilha" baiana, Cortes de Lisboa, Assembleia Constituinte de 1823, Confederação do Equador, abdicação de D.Pedro I e rebeliões regenciais. Defensor das liberdades públicas, influenciado pelo ideario da Revolução Francesa, Barata foi vítima de perseguição governamental nos períodos do Brasil Colônia, Império e Regência. A presença de Cipriano Barata no cenário do século XIX deu-se através de seu jornal Sentinela da Liberdade, que ele escreveu inclusive dos cárceres. Cipriano foi uma das expressões de projeto de revolução nacional, ou seja, da malograda tentativa de forjar um bloco histórico com setores subalternos e médios da hierarquia social. Cipriano foi adversário do colonialismo português, do capitalismo inglês e dos principais grupos dominantes e dirigentes brasileiros, além de criticar a escravidão dentro dos limites da época e combater as desigualdades regionais e sociais.
Páginas: 218
Financiamento:
  • CNPq
URL: Tese não digitalizada