Resumo: |
O autor procura neste trabalho analisar as raízes da política externa brasileira face ao problema colonial na África portuguesa, na perspectiva de denunciar os limites das estratégias adotadas ao longo dos governos civis e militares de 1956-1975. Nessa ótica, constata-se que a formulação diplomática brasileira para África e marcada por uma ambiguidade que se evidencia pelo apoio simultâneo a autodeterminação e independência dos povos colonizados e as teses colonialistas portuguesas. Do processo contraditório vivido pela diplomacia brasileira no período emerge uma perspectiva anticolonialista, não propriamente pela negação das teses que justificavam o apoio brasileiro a Portugal mas pela sua adaptação aos novos interesses do Brasil face aos rumos da política interna portuguesa após o movimento de 25 de abril de 1974. |